Falar do caso de Paula de Oliveira me remete a outro grande furo da imprensa brasileira.
Furo no sentido de uma grande bola fora mesmo que foi o Caso Escola Base.
Parece que a história se repetiu e a fórmula foi a mesma.
Um escândalo, a chance da matéria de primeira página,muitas pessoas envolvidas e NADA, mas NADA mesmo de apuração dos fatos e a denúncia de um pai desesperado.
O resultado dessa precipitação, e é isso que se pode dizer do resultado da "apuração" da imprensa foi um presidente dando declarações equivocadas e um ministro soltando ofensas porque acreditou no que a Rede Globo veiculou no Jornal Nacional.
Essa questão me leva a pensar no papel que o jornalista deveria desempenhar.
E tão falado compromisso com a verdade? Onde fica?
Fica em lugar nenhum, porque o que importa hoje é o lucro que as empresas de comunicação podem render aos seus proprietários.
A verdade foi trocada pelo sensacionalismo. O que importa mesmo é estar no mais alto índice de audiência e dane-se a verdade e as consequências de um fato mal apurado.
Na faculdade se prega esse compromisso,essa dedicação a todo momento, mas na prática o que vemos são profissionais confusos e querendo ter os seus quinze minutos de fama.
Na real...acho que o descontrole não foi só de Paula de Oliveira.
A polícia suiça se manteve firme na posição de que a história da brasileira era uma farsa e ela acabou voltando atrás e confessou sua "confusão" mas sem dizer o que a motivou a fazer aquilo.
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